Humanizando relacionamentos no ambiente corporativo: Respeito
Quando você pergunta aos trabalhadores o que é mais importante para eles, sentir-se respeitado pelos superiores geralmente encabeça a lista. Em uma pesquisa recente da Christine Porath, da Georgetown University, com cerca de 20.000 funcionários em todo o mundo, os entrevistados classificaram o respeito como o comportamento de liderança mais importante. No entanto, os funcionários relatam mais comportamentos desrespeitosos e incautos a cada ano.
O que explica a desconexão? Embora os funcionários que não demonstram respeito estejam bem conscientes de sua ausência, as pessoas que se sentem respeitadas regularmente – em geral, aquelas que ocupam cargos gerenciais ou outras de alto status – não pensam muito sobre isso. Assim, os líderes podem simplesmente não ter consciência do problema. Mas a pesquisa realizada mostra que isso é apenas parte da explicação. Uma questão maior é que os líderes têm uma compreensão incompleta do que constitui o respeito no local de trabalho – portanto, até mesmo esforços bem intencionados para fornecer um local de trabalho respeitoso podem ser insuficientes. A pesquisa indica que os funcionários valorizam dois tipos distintos de respeito. Vejamos:
1. O respeito devido é concedido igualmente a todos os membros de um grupo de trabalho ou de uma organização; ele atende à necessidade universal de se sentir incluído. É sinalizado pela civilidade e por uma atmosfera sugerindo que todos os membros do grupo são inerentemente valiosos. Em ambientes com muito pouco respeito, normalmente vemos o monitoramento e o microgerenciamento, a incivilidade e o abuso de poder taylorista e a sensação de que os funcionários são intercambiáveis.
2. O respeito adquirido reconhece funcionários individuais que exibem qualidades ou comportamentos valiosos. Ele distingue os funcionários que superaram as expectativas e, particularmente em ambientes de trabalho de conhecimento, afirma que cada funcionário possui pontos fortes e talentos exclusivos. Respeito ganho atende a necessidade de ser valorizado por fazer um bom trabalho. Roubar crédito pelo sucesso dos outros e não reconhecer as conquistas dos funcionários são sinais de que está faltando.
E o que é mais importante para criar uma atmosfera respeitosa? Encontrar o equilíbrio entre os dois tipos de respeito. Como Blake Ashforth, da Universidade Estadual do Arizona e Kristie Rogers da Marquette University apontam em um artigo recente, um desequilíbrio pode criar frustração para os trabalhadores. Por exemplo, os locais de trabalho com muito respeito à hierarquia, mas com pouco respeito pelas conquistas individuais, podem tornar uma tarefa individual de baixa prioridade para os funcionários, porque eles entendem que serão tratados no mesmo nível que todos os demais independente de performance. Essa pode ser uma combinação certa para cenários em que as metas sejam propagadas em equipe, mas há risco de reduzir a motivação e a responsabilidade. Por outro lado, os locais de trabalho com baixo respeito devido aos colaboradores, mas alto respeito às aquisições pessoais, podem estimular uma competição excessiva entre os funcionários. Isso pode servir a um propósito em ambientes, como algumas forças de vendas, onde os negócios são pouco interdependentes ou uma razão para colaborar. Mas pode impedir que as pessoas compartilhem o conhecimento crítico sobre seus sucessos e fracassos, e, muitas vezes, promovem um comportamento cruel e de soma zero. O mais razoável a se fazer? Equilibrar o respeito dado aos colaboradores aquele que implica meritocracia.
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